a lua nos mitos antigos
desde as primeiras culturas, a lua foi medida de marés, colheitas e rituais. na mesopotâmia, sin (nanna) guardava a contagem do tempo noturno. no egito, ísis e thoth tocam seus símbolos lunares em mitos de proteção e renascimento. entre gregos e romanos, selene, ártemis/diana e hecate compõem camadas de cuidado, instinto e mistério. a lua sempre falou do que sentimos, nutrimos e protegemos.
a lua na tradição astrológica
quando o helenismo organiza a astrologia (século iii a.c.), a lua ganha função clara: umidade, fertilidade, corpo e ritmo.
- sol é centro e direção;
- lua é fluxo, memória e necessidade.
autores clássicos associam a lua ao temperamento, às mudanças de humor, ao povo, à casa e ao alimento — aquilo que nos mantém vivos por dentro.
o olhar de jung
para a psicologia analítica, a lua se aproxima dos símbolos do feminino arquetípico: cuidado, receptividade, ciclos. como imagem do inconsciente pessoal, ela guarda memórias afetivas e padrões de apego. é a parte que precisa ser ouvida para que o self encontre coesão sem sufocar a sensibilidade.
a lua no mapa natal
no mapa, a lua fala da forma como sentimos, reagimos e buscamos segurança emocional. mostra o que nos acalma, o que nos dispara, e o que pedimos (às vezes sem falar).
- hábitos que regulam (sono, comida, rituais);
- vínculos e pertencimento (família, raízes, casa);
- respostas instintivas (o impulso antes da razão).
cuidar da lua é ajustar o clima interno: quando ela está nutrida, o corpo descansa, a intuição clareia — e o resto do mapa respira melhor.
