o sol nos mitos antigos
desde os primeiros registros babilônicos, há mais de quatro mil anos, o sol ocupava o centro da vida humana. mais do que uma estrela, era a régua do tempo, do plantio, do calendário — e da sobrevivência. na mesopotâmia, shamash trazia a luz que revela a verdade e sustenta a ordem. no egito, rá cruzava o céu todos os dias, num roteiro de vida, morte e renascimento. entre gregos e romanos, apolo e hélio herdaram o papel: o sol como metáfora de poder, consciência e clareza.
o sol na tradição astrológica
com o helenismo (século iii a.c.), a astrologia ganhou método — e o sol, lugar de centro.
- a lua fala do que sentimos;
- o sol mostra o que permanece: vitalidade, direção e propósito.
no tetrabiblos, ptolemeu descreve o sol como a força que sustenta a vida, associando-o à figura paterna, à autoridade e ao brilho que organiza a identidade.
o olhar de jung
sĂ©culos depois, carl gustav jung propĂ´s outra lente: planetas como arquĂ©tipos que espelham dinâmicas psĂquicas. o sol representa o self — o centro que integra todas as partes numa identidade viva. nos mitos e nos sonhos, sĂmbolos solares sinalizam a busca por individuação: o processo de se tornar quem se Ă©, sem apagar o que ainda falta nascer.
o sol no mapa natal
no mapa, o sol vai além do signo “que a gente é”. ele aponta vontade, vitalidade e propósito — um norte confiável quando o céu parece nublado.
- aparece nas pequenas escolhas do dia;
- dá clareza ao decidir o que combina com a nossa essência;
- denuncia o vazio quando nos afastamos do centro.
o sol Ă© o combustĂvel da histĂłria que escrevemos: a chama que ilumina quem já somos — e o caminho do que ainda podemos nos tornar.
